O Carlos escrevendo regularmente?! Só acontece no país das maravilhas! Bom deixemos de piadinhas e vamos direto ao ponto. Como prometido a várias semanas atrás o livro dessa semana é "Alice no país das maravilhas". Ele foi escrito pelo pastor angligano Charles LutwidgeDodgson, com o pseudônimo de Lewis Carrol, e publicado em 1865. O livro foi vendido como se fosse água. A sacada dos editores foi não especificar se a obra era para o público infantil ou para o adulto.
A história surgiu quando Carrol estava num lago num barquinho com suas irmãs e com Alice Liddle, as 3 lhe pedriam que lhe contasse uma história e então ele inventou alice no país das maravilhas.
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Juntos na tarde dourada
Suavemente a deslizar,
Nossos remos, sem destreza,
Dois bracinhos a manejar,
Pequeninas mãos que fingem
Nossa direção guiar.
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As Três cruéis! Nesta hora,
Sob este sonho de tempo,
Implorarem por histórias
Com o mínimo de alento!
Mas que pode a pobre voz
Contra três línguas sedentas?
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Proclama Prima o edito
"Comece!", diz sobranceira.
Mais gentil, Secunda espera:
"Que não contenha asneira!"
Tertia a cada minuto
Detém o conto, faceira.
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E de repente o silêncio,
Com os passos da ilusão
Perseguem a criança-sonho
Pelas terras da invenção,
Falando a seres bizarros...
Uma verdade, outra não.
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E assim que a história secava
As fontes da fantasia,
Em vão tentava o cansado
Desfazer o que tecia,
"Mais, só depois..." "É depois!"
Gritavam com alegria.
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Forjou-se assim, lentamente,
O País das Maravilhas,
Está pronto, para a casa
Já foi virada a quilha
Pela alegre equipagem
Sob um sol, que já não brilha.
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Com mão gentil, entre os sonhos,
Alice! Guarda este conto
Na memória da infância,
Sob seu místico manto,
Grinalda que um peregrino
Colheu em terras de encanto.
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A maior parte da história foi composta nessa tarde exceto por 2 capítulos que não me lembro quais são.
Como é de conhecimento da maioria esta obra narra a história de Alice ao País das Maravilhas. A viagem começa com Alice perseguindo o famoso coelho branco até sua toca, onde acaba entrando num mundo mágico onde as maiores bizarrices são possíveis. Carrol aproveita o desenrolar dessa história nonsense para introduzir "uma verdade, outra não", como por exemplo a pergunta de características socráticas da lagarta: "Quem és tu?". Outro exemplo é quando Alice bebe da garrafa que a faz encolher e ela fica imaginando se ela vai reduzir até sumir, essa passagem ele faz alusão a uma progressão geométrica (P. G.).
Alice é em síntese um sonho.
*As informações deste post foram retiradas basicamente de "Alice no país das maravilhas" na edição da L&PM Pocket na reimpressão de dezembro de 2009.