quinta-feira, 1 de julho de 2010

Começando pelo mais simples

Vou tentar começar com a tarefa de quinta-feira que éamais simples como diz o título. O poema que compartilarei com vocês é do meu poeta favorito: Manuel Bandeira. O poema foi retirado do livro "Meus poemas preferidos". Este livro foi (desconheço se ainda é) leitura recomendada pelo vestibular da UFPR. Ele foi publicado antes da morte de bandeira e é além disso uma seleção feita por ele próprio. O poema a seguir é o primeiro da obra em que aborda a sua própria poesia atrelada a uma temática quase que principal da sua poesia: a morte.

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Desencanto
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Eu faço versos como quem chora
De desalento...de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
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Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
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E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
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-Eu faço versos como quem morre.
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* Os tracinhos (-) são só para manter a forma original do poema e não constam no livro.

Um comentário:

  1. o carlão, gostei da sua idéia do blog.Gosto muito do Manuel Bandeira também! Parabéns, e quero mais textos seus ahahha abraço, lucas

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